quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Juiz eleitoral do RN, cassa registro e diploma de vereador Odelmo Moura

Decisão é do juiz da 29ª Zona Eleitoral de Assu, Diego de Almeida Cabral.
Reeleito nas Eleições 2012, Odelmo é apontado como líder de pistoleiros.

 

Odelmo Rodrigues - preso pela polícia civil do RN (Foto: Rafael Barbosa/G1 RN) O Juiz da 29ª Zona Eleitoral, do município de Assu, distante 207 quilômetros de Natal, julgou procedente ação eleitoral por captação ilícita de votos proposta pelo Ministério Público Eleitoral contra o candidato a vereador Odelmo de Moura Rodrigues. Reeleito no último pleito, o ex-presidente da Câmara Municipal, foi condenado a pagar multa de R$ 12 mil além da cassação de registro ou diploma.
O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Assu, Odelmo de Moura Rodrigues, é investigado pelo Ministério Público por crimes de pistolagem e corrupção. E em decorrência da Operação Mal Assombro, deflagrada pelo Ministério Público e Polícia Civil, vários documentos foram apreendidos na residência do réu, como anotações com cadastro de eleitores, quantidade de votos e benesses dadas ou prometidas em troca de votos juntados ao processo.
Os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate à Corrupção (Gaeco) foram até a cidade de Assu, em novembro, entregar provas e petições relativas a crimes que foram imputados ao ex-presidente da Câmara de Vereadores, Oldemo de Moura Rodrigues. Segundo a ótica do Ministério Público, além de ilícitos penais, os delitos praticados pelo referido vereador também constituem infrações político-administrativas, que poderiam já ter resultado na cassação do mandato pela Câmara Municipal.

Em sua decisão, o Juiz Eleitoral Diego de Almeida Cabral deixou claro que em razão da cassação ter ocorrido após a eleição de outubro, motivada por captação de sufrágio, que é a popular compra de votos, devem ser declarados nulos os votos dados ao candidato, mas mantendo-se computados, porém, como vem entendendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os votos dados ao partido, no caso o PSD.
As provas apresentadas pelo Ministério Público são focadas em três fatos praticados pelo vereador que violam a Lei Orgânica do Município de Assu. Além das leis penais do Brasil e a Constituição Federal, fatos esses paralelos aos crimes de homicídios pelos quais o vereador responde.
No ofício de encaminhamento da documentação para análise dos vereadores de Assu, assinado por Promotores de Justiça do GAECO e pelo próprio Procurador-Geral de Justiça, pediu-se a abertura de processo para cassação do mandato de Odelmo de Moura Rodrigues por condutas que violam o decoro parlamentar e vedações legais e constitucionais ao exercício de vereador.

G1 RN

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